Saudades...
Queria não pensar, não pensar em tudo que não somos...
Não queria pensar nessa dor que
me abate um pouquinho a cada dia,
Essa carência que chega com o pôr do sol.
Eu me prometi não lembrar,
Não me lembrar do seu sorriso envergonhado,
Da sua careta e do seu olhar carente...
Eu tentei... Juro que tentei,
Mas eu ouvi aquela musica,
Fui naquele “nosso” bar pra te sentir
E eu t senti tão aqui, tão aqui.
Mais dentro de mim que eu mesma
Foi meu grito de misericórdia.
Entrei no bar, pedi a bebida de sempre, algumas fichas de bilhar, mas esqueci que eles não me podem vender um pouco de anestésico pra alma. Aqui posso escutar nossos risos, posso ver seu olhar em cada canto desse bar e te sentir tão presente como um câncer no útero. Estou aqui a 2 horas, parada olhando pra porta, com o coração na mão, esperando que você chegue e acabe com essa minha saudade e necessidade de te ver pra me reencontrar.
Será que não vê o quanto me dói? O quanto ta me consumindo essa saudade, essa dor, esse amor?
O que eu faço com esse carinho reprimido?
Com essas saudades sufocadas?
Com o abraço não dado?
Esquecer não é tão fácil quanto eu imaginava talvez esquecer os outros sim, mas você? Você ta tão dentro d mim, meu corpo tem seu cheiro, e minha memória o seu rosto e também o seu jeitinho e escuto nos meus ouvidos a sua voz sussurrada e sua risada gostosa.
Não me canso de falar , falar e falar de você, para você e com você... Mesmo que você nunca saiba do que sinto. Esse sentimento me levou dos Céus ao inferno.
Hoje eu sou meu próprio inferno, sonho com você, te sinto, te amo e te quero...
Não da pra avaliar a perca que estou tendo com essa paixão, mas algumas lágrimas, algumas noites de sono, vários suspiros e uma infinidade de cartas que nunca chegaram a suas mãos...
Essa sou eu, nua e crua, com uma ferida aberta, uma saudade gritante e um amor em lagrimas...